nas horas das cigarras
as dores viram-se
nas costas
latentes, inertes
ao despertar de um velho dia
o som dos sons que a horas deita
dormem santas na alegoria
das janelas
dess'alma espreita
qual a cor que lhes poria?
ouço pássaros a debitar
os decibéis de um sol que luz
lhes deita
ouço
um piano perto no sofá
que traz
a tua boca doce e só
de um trago cai e alumia.
11.11.2012
2 comentários:
Belíssimo.
obrigadíssimo.
Enviar um comentário