quinta-feira, maio 17, 2007

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Foi aquele olhar que pintei para sempre
Sei-o
Puro, mágico, irrepetível
De dia e hora esquecidos
Moldura em torno dos rostos, nossos, a afastar o mundo
E éramos sós, na silenciosa beleza daquele amor.

Quadro que viajará comigo
Agora pendurado na parede da minha alma
Embalado na serenidade que envolve as certezas calmas
E onde repousei o meu sorriso.

Não sei do eterno retorno das coisas
Não levo uma parede nua
Não espero novidades
Quero sonhos.

A paz em pontas de dedo...tocam-me a medo?
Sou viva na inquietação

Passo
E permaneço.

Évora, Maio de 2007
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3 comentários:

Pedro Villa disse...

Ficámos todos sem palavras... boquiabertos!!!... Por isso é que não comentámos!... Muito bom, gostei muito, sobretudo da 1ª parte!

bjs

Anónimo disse...

obrigado Pedro, e entendo bem que há coisas que nos deixam sem comentários....nem têm de existir. De qualquer modo, o teu foi bastante querido. E tens razão, há duas partes, quase distintas, embora interligadas e tb eu prefiro a primeira..
Não sei de onde nasceu o despudor, este 'desprendimento' inédito em mim...mas sinto-me bem. Não é o mais importante?
Beijos
(a todos..)

Pedro Villa disse...

Não sei se era necessário dar uma resposta... Mas concordo que isso é na realidade o mais importante...

E é óbvio que nem sempre é necessário existirem comentários, mas acho que neste caso era bem justo.

bjs