quinta-feira, junho 23, 2011

what is terrorism?


[ost, the national]
...e dançar, dançar, zonza no ar
dançar, no chão da casa, em pontas dos pés, sem tropeçar
sorrir e olhar o alto, dançar com o teu som, e sorrir 
e dançar

dancei na tua música e sei 
da felicidade 
dançar


terça-feira, junho 21, 2011

Na Univ de Évora

Colóquio
"Resistências ao poder, histórias atlânticas e cultura do universal"
(NICPRI.UÉ)
Dia 22 de Junho, sala 110 do CES às 15 h

  • Roberta Guimarães Franco (Universidade Federal Fluminense): O problema contemporâneo da leitura de António de Oliveira de Cadornega, um soldado-historiador na Angola do século XVII.
  • Ângelo Adriano Faria de Assis (Universidade Federal de Viçosa): A Inquisição portuguesa e a perseguição ao criptojudaísmo. Fragmentos da resistência judaica sob o olhar do Santo Ofício.
  • Marco Antônio Nunes da Silva (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia): Cotidiano e resistência nos cárceres inquisitoriais.
  • Silvério da Rocha Cunha (Universidade de Évora): O pensamento do universal em Léopold Senghor. Sua actualidade num mundo fragmentado.


domingo, junho 19, 2011







ponto final.








sábado, junho 18, 2011

coisas



Coisas que penso que sinto não digo não posso ou posso e não penso se quero mesmo dizer. Coisas, para dar, não sei se quero se queres, se devo, sem saber se as queres de mim. Coisas, para ti, como um mimo no teu cabelo a minha mão e eu não tenho, agora não, coisas maiores, coisas belas, coisas leves, apenas mãos no teu cabelo, sobre a tua cabeça, um toque meio a medo por não saber se irás gostar das coisas que tenho e quero dar. Coisas, que precises, não de mim não faz mal, se outra for e porque é, são coisas que precisas não minhas, mas há coisas que eu quero deixar. Coisas, para ti, um beijo, um sorriso, fecho os olhos e vou-me embora, não penses, não desesperes, tudo vai ficar bem, toma, uma coisa, só esta, incondicional, só assim de mim para ti sentido único não faz mal, é assim, são as coisas da vida feitas disto também, não se escolhe, não escolhemos, mas eu posso dar-te isto, estas coisas sem esperar de outras coisas, de ti, de quem quer que seja há coisas que são apenas isso, coisas e outras há que são as coisas e enchia a vida delas p’ra te dar, mas só te deixo esta agora, aqui, no meu jeito sem jeito de tanta coisa p'ra tanta coisa, fica de mim esta coisa, meiga, para ti.

uma voz na pedra

" Não sei
se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra. "

antónio ramos rosa

quarta-feira, junho 15, 2011





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tilt



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segunda-feira, junho 13, 2011



Esta noite o vento ceifa os bosques


Esta noite o vento ceifa os bosques e

uma raiva sacode a terra. Se a voz

do mar chamasse pelas velas, os estreitos

aguardariam um naufrágio. E se dissesses

o meu nome eu morreria de amor.

 

Devo, por isso, afastar-me de ti ― não

por ter medo de morrer (que é de já não

o ter que tenho medo), mas porque a chuva

que devora as esquinas é a única canção

que se ouve esta noite sobre o teu silêncio.

 


Maria do Rosário Pedreira

 
 
 
 

sexta-feira, junho 10, 2011

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terça-feira, junho 07, 2011

arriscar


um dia escrevi-te
sem saber se me lias, escrevi aqui para ti.
pedi-te o mundo, como se ele fosse acabar. 
que não te pesaria de mo ofereceres, assim. 
pedi o teu hálito perto da minha face, deixares-me, em silêncio, contemplar-te. 
prometi que um dia te diria tudo aquilo que então ainda não podia dizer-te, que irias perder-te no meu toque no meu afagar. 
que iria colar-te se te quebrasse(s), porque sou igual a ti e ainda não sabes. 
agora escrevo porque é mais forte contar-te, que o teu nome trouxe-o o vento da tarde.
nada sei de um desejo pelo meu coração acanhado, sei que há nele agora um lugar para o teu. 
um sopro doce e antigo abriu-me um gostar que deixou de ser latente.  
emoção que já não é dormente porque agora, dos beijos, os teus, veio um meigo despertar. 
e não devo mais esconder-me de nós, assim. 
que perco afinal, que mal me vem se te disser que há muito um segredo, este segredo só meu já não faz mais sentido também pode ser teu? 
se não sei ser frontal por um medo maior, também sei que a Razão, ah, a Razão não deve tolher, quem sabe? um outro amor. 
por isto eu escrevo, há um desejo calmo de um sinal, o teu. 
desta mente cansada que puxa e refreia o que o meu coração anseia, assim, se agora for não também podes, um dia, escrever(me) um sim.

sexta-feira, junho 03, 2011

atracção


Dan Ariely: Adaptive Responses from PopTech on Vimeo.


encontrei-o na apreciada abarrigadeumarquitecto, e achei-o muito bom.

quinta-feira, junho 02, 2011

e afinal és mais
(que pudor, senhores!...)
tudo isso que há pouco te disseste
que percebeste, sentiste 
aquilo tudo que então soletraste
[e a tua voz, menina moça, soa tão bem quando assim sentes...]
não vais escrevê-lo, para quê?!
vaidosa letra e até não és
só precisas de te lembrares do sim
de aceitares tudo de novo uma outra vez
de seres o sol um arrepio a sensação
e dos sentidos arrancares toda a Razão

quarta-feira, junho 01, 2011

sorte

agora é urgente que se pintem novas cores
nas caras
se mudem
as expressões se vistam
de outros trajes os poemas
quando agora é vital cartear
no mundo
desatento o que
olvidavas no dizer(te)

do combate desmedido em teu
coração periclitante e forte
já não escondes o que é iminente
esconder(te)
se é agora imperioso 
o Norte.