sexta-feira, outubro 29, 2010

'tão pá? temos orçamento ou quê?
cambada de meninos, pá.

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o melhor é pensar em alistar-me e ir com os outros "habitar" Marte. ouvi dizer que se come bem por lá.

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hoje chove. amanhã também vai chover.

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parece que vamos ter orçamento. já vou dormir muito mais descansada esta noite, ufa.

domingo, outubro 24, 2010

sábado, outubro 16, 2010

"Portugal é do Povo. O Estado é dos Republicanos."

jargão da I República.

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Portugal é do Povo. O Estado é dos socialistas.

irónico, não é?

muito.

quarta-feira, outubro 13, 2010

things change

já não me apetece saltos. não me apetecem blusas com aquele look indie-rock-indie-gente. já não me apetecem brilhos e brilhantes, fios prateados em lenços. não me apetecem calças demasiado justas e t-shirts demasiado justas a dizer "chocolate" em pedrinhas azuis a imitar diamantes. já não me apetecem a maioria dos colares pedra-dura e pechisbeque H&M anos 80. não me apetece - tanto - pintar os lábios. as unhas dos pés e das mãos, já não pinto. não me apetece a sombra negra, o vestido preto, quando acordo a sentir-me Joy Division e decido que nesse dia vou andar assim, toda de preto. mesmo que isso só me tenha dado duas vezes na vida. já não me apetece tanto. porque um dia destes ainda pode vir a apetecer. para variar. porque preciso e conheço-me desde sempre, a variar. agora já não me apetece comprar uma saia da zara igual a milhões de outras, se ao lado estiver alguém a vender uma feita com as suas mãos e ela não sendo perfeitinha, nem bem acabada como diria a minha avó, não se vê repetida ad nauseum em todo o lado. mas ainda vou à zara e levo comigo para o provador apenas aquilo que me parece simples, o mais simples possível. já não me apetecem apenas as blusas que me disfarçam as mamas, se for apenas esse o intuito da compra. quero as simples, fluidas, confortáveis, de bons tecidos. já não me apetece perder horas nas lojas, a experimentar mil coisas diferentes entre si. já não me apetecem as mil e uma peças diferentes e que vestem uma rapariga diferente a cada dia, se lhe apetecer (a)parecer diferente a cada dia, ainda que num modo próprio - o romântico, como o defini um dia. feminina, sim, ainda me apetece. mas sem merdas. sem produção. sem floreados e saltos altos para alongar as pernas. só me apetece brincos e colares e pulseiras e anéis feitos por alguém que eu veja e se eu não vir que importa?, com materiais trabalhados à mão, simples, simples, simples. a prata e as pedras semi-preciosas, as madeiras e as imitações de marfim, o metal ali do tunisino que nem sempre amarelece e se sim, azar. estou encantada com as minhas pulseiras de pedrinhas semi-precisosas, o anel largo de madeira desconhecida, os brincos de pau preto moçambicano, os outros de osso de vaca da senhora do Senegal...os pintados à mão pela rapariga que mos vendeu este verão. comecei a fazer um cachecol de lã. vou fazer cachecóis e golas e perneiras. escolho eu os tons e invento eu. porque não? fazer malha é um bom anti-stress, dizem. não ando stressada, mas preciso de não passar os serões de inverno na net, a escrever no blogue e a teclar com amigos. quero usar as minhas mãos para fazer coisas sem o uso do intelecto. gosto de cortar cabelos. não me apetece o que parece ser mas não é bem, ou não é nada. e sobretudo, já não me apetece ser vestida pelo mundo, mas vestir eu o mundo em mim.

terça-feira, outubro 12, 2010

são uns senhores estes galandum

ok, "o" concerto mais esperado era este e não defraudou nenhuma expectativa, coisa rara na minha pessoa, que as costumo ter acima do nível terráqueo. os Galandum surgiram na minha vida assim quase por acaso, há uns anitos, poucos, e foram ficando na minha memória musical.
lá arranjei um cd gravado que acabei por enviar  um dia pelo correio ao marido da minha tia, transmontano e apreciador de boas canções e boa música. modas y anzonas, seu título.
durante este período, sem o cd e sem concertos para assistir - não que os não dessem, mas  por circunstâncias várias eu nunca estava bem a jeito de vê-los - e eis que surge a notícia: Galandum em Évora, no Tocar de Ouvido. epá!!! sorrisos de genuína satisfação, finalmente ía vê-los ao vivo e eles vinham ter comigo a Évora.
sim, os Galandum Galundaina deram um belíssimo concerto no teatro da cidade, e no fim lá nos puseram a dançar as 3 últimas musiquitas que o povo estava desejando de se levantar do conforto das cadeiras formais. os Galandum são entertainers, para além de bons músicos: ri-me com'ó caraças com algumas piadas estudadas e outras espontâneas, sempre em mirandês. lembrei-me tanto da minha infância cliché feliz  nas férias grandes em Trás-os-Montes, e de expressões da minha avó...ri-me a valer. riso com direito a banda sonora de excelência. os desenhos dos painéis do Manel Meirinhos eram fortes lá atrás, a condizer com a música e o bom gosto, na tradição e cultura feita das gentes simples para gente apreciadora da simplicidade.
depois houve a jam nos Celeiros e tive direito ao pack todo: vê-los e ouvi-los e conhecê-los. a seguir à caça dos autógrafos, lá consegui conversar com eles, ou melhor, com o Manel, simpático e cordial, com quem aprendi que a influência da música daquela região, ao contrário do que a maioria de nós julga, não é celta mas sim árabe. foi uma noite do caraças, foi um bom festival, animou a cidade e animou-nos a nós, habitantes  deambulantes sequiosos de vida. pois que isto é vida. também.



sábado, outubro 09, 2010

Évora, "o" concerto de 2010

acabadinhos de chegar de Filadélfia, estes senhores deram uma actuação limpa e talentosa no Teatro Garcia de Resende, ontem à noite.
e depois, uma jam session (a mais efusiva e recheada a que assisti até hoje) abrilhantada pela sua presença fugaz, porque daqui voaram para outro concerto, em outro país. de vez em quando eu sei o que há em Évora...pena ser cada vez mais raro.



Bamakosmos XVII - Raaga Trio from Toni Polo on Vimeo.


http://www.myspace.com/raagatrio