quinta-feira, julho 29, 2010

quase de férias

eu no meu sofá e uma amiga em Londres a cozinhar em directo através do skype.
eu navego e procuro coisas para me distrair e encontrei esta bela capa.
aparece um housemate italiano que conversa com ela enquanto eu apareço de cuecas no sofá. lá virei a câmara. ele de qualquer modo só disse olá.
continuamos no skype e já não falamos muito, as duas. ela pode ver-me enquanto me distraio. eu posso vê-la enquanto ela cozinha. ela vai jantar com a amiga e eu oiço-as e vejo-as comer. fuckin' weird. era suposto eu estar a trabalhar que amanhã last day before freedom. férias. em vez disso, estou aqui na companhia virtual/real/sensorial/tecno-funcional das minhas amigas. fuckin' weird. era um bocado isto que eu se calhar andava a adiar há anos, até que não resisti a por net cá em casa. por causa dos amigos longe, cada vez mais longe de mim, espalhados pelo mundo. fuckin' weird...sou antiquada.
e depois até gosto de as ouvir e ver como se estivessem aqui ao pé de mim. e depois não sei se gosto assim tanto.
bem, vou rir-me da capa do disco mais um cadinho.
e amanhã.....dia de trabalhar que nem um cão e depois.....AHHHHHHH....ahhhhhhh!!!!ahhhhh!!!yeah. right..cool.



Country Church Pictures, Images and Photos

domingo, julho 25, 2010

sexta-feira, julho 23, 2010

terça-feira, julho 20, 2010

brilhante




How to feed the world ? from Denis van Waerebeke on Vimeo.

se eu pudesse

declarava-te o meu amor platónico.
se eu pudesse dizia-te que ele é sereno
mas não posso.
nem quero.
e se quero, não posso.
se eu quisesse mostrava-te como poderiamos dar as mãos
mas não posso.
vou dormir.
talvez sonhe contigo.
se eu pudesse
quisera eu.

o que é nacional

é bom. também.

quando era miúda, lia bastante. porque não era rica e não tinha muitos brinquedos, talvez.
lia sobretudo autores anglo-saxónicos, livros que os meus pais lá tinham em casa, e cujo número aumentava consoante as trocas que o meu pai fazia com outros vendedores. ele era vendedor de livros. esteve em algumas editoras, e acontecia por hábito os vendedores das diferentes editoras, trocarem as novidades entre si. por isso havia tantos livros lá em casa. ora, a leitura foi condicionada pelas trocas, mas também aquisições do(s) meu(s) pai(s). passei pela escola, entenda-se secundário, a não ler os autores obrigatórios no programa de português. nunca me apetecia ler esses livros, chegava a casa e queria era ler os que lá tinha. Camões e Eça ficaram na gaveta. li as Viagens na minha Terra, talvez o único inteiro, de princípio ao fim, e pode bem ter sido porque me senti na obrigação de o fazer, vá lá, pelo menos um - ou porque se não o lesse, não conseguiria passar na disciplina? lembro-me do Eurico, o Presbitero e de como esse apelativo título me deixava paralisada das mãos. e dos olhos.
pois bem, eu ler lia, mas não lia autores portugueses. passei anos sem o fazer. depois do secundário, vieram os tempos de universitária e perdi-me em noitadas de borga e convívio, chegada à cama eu queria era dormir, e comecei a deixar de ler. lia cada vez menos. lia mesmo muito pouco. ao ponto de perder o hábito de pequenina, de ler sempre todos os dias. era como comer. era mesmo. mas deixou de ser.
com isso, os portugueses, os autores, ficaram ainda mais esquecidos. ou melhor, eu esquecer nunca esqueci, na verdade sempre pensei que iria ter tempo e vontade de pegar no Saramago, no Torga, na Sophia...no Eça.
mas os cinco anos de universidade deixaram-me inerte. até que um dia, chegaram os dias de melhor vontade, e comecei a ler autores portugueses, os nosso escritores...Lobo Antunes (não consegui), Sophia (quem não consegue?), Al Berto (umas coisitas), Herberto Helder (não estou ao nível e sou preguiçosa, os passos em volta que me ofereceram desapareceram da minha estante, não sei quem mos levou..), José Luís Peixoto, Nuno Júdice, Florbela Espanca, David Mourão-Ferreira (o amor feliz, tão bom), Mia Couto (nunca acabei nenhum), Gonçalo M. Tavares (li um tão pequenino, foi para me iniciar, e nem lembro o nome), Eça de Queiroz (li os Maias em 2009!!!), um cheirinho de Miguel Torga...basicamente, e tirando mais um brasileiro de que gosto bastante, Bernardo Carvalho e o Mia Couto e o Agualusa que espreitei, não li nada de jeito na minha própria língua. claro, ainda vou a tempo, se conseguir passar menos tempo na net ao serão. e reconhecer que só se vive uma vez com estes olhinhos que a Terra há-de absorver, e o melhor é fazer-me à estrada que se faz tarde. tudo isto para dizer que, obviamente, perdi muito por não ter lido autores portugueses quando ainda lia todos os dias e que agora que me sinto mais próxima da redenção, tenho a noção da enorme qualidade dos nossos autores e de como, obviamente, o que é nacional é tão bom quanto o estrangeiro.

passo já para a música, porque é aquilo que me trás aqui hoje: a nossa música. essa sempre ouvi, e gostei, mas de muito pouco, muito pouco. as minhas influências e gostos foram claramente marcados pela cultura literária e musical anglo-saxónica. eu era mais a pop britânica e norte-americana, o rock também. ainda hoje...mas hoje, sei bem o que se faz por cá e sei bem que a qualidade dos nossos músicos é boa, é muito boa.

Bernardo Sassetti e Aldina Duarte. e tenho dito. ou melhor, vou repetir: Bernardo Sassetti e Aldina Duarte. o primeiro já o vi em concerto, a segunda ainda não. o primeiro é brilhante, dispensa apresentações, basta clicar no you tube, ou no google e percebe-se. a segunda basta que se veja o documentário do Manuel Mozos, a princesa prometida. e chega para se perceber, também. estamos perante uma fadista emocionante e genuína. e o documentário é um mimo, e o autor é português. podia continuar aqui a descrever mais coisas, mas não vou fazê-lo. porque sei que não preciso. o que precisei foi de mostrar aqui a minha....nem sei como chamar-lhe.

anyway, nunca é tarde. e não há nada que se compare a um verso de um poema do Ramos Rosa, e como a sua leitura pode levar ao título de um blogue, dar-lhe o nome de um poema seu. e na nossa língua. nada que se compare. só talvez a entrega de Sassetti ao piano, ou do Burmester. ou mesmo a alma lusitana inteira na voz da Aldina e a sua força. ou ainda...

sexta-feira, julho 16, 2010

me ditar

segunda vez e doeram-me as costas ao ponto de não me concentrar e daí não ter sido tão bom mas ainda assim vou voltar porque ela tem um carisma e um senso de humor que me enchem as medidas e me fazem sorrir.
gostei da ameixa no fim, do beijo no início, dos sons, da brisa que vinha da janela.
e de novo, a constatação de que há qualquer coisa naquela casa...
p'rá semana quero mais.

quarta-feira, julho 14, 2010

um dó li tá


dica: é muito verde e tem muito mar


dica: é muito verde e tem muito mar

uma é cá mas não é bem
a outra fica mais além
e não sei p'ra onde vou
seja onde for
parar
eu
vou

domingo, julho 11, 2010

viva la españa

bueno, nuestros hermanos mereceran ganhiar.
tengo dicho.

terça-feira, julho 06, 2010

terça-feira hermética

hoje uma amiga desiludida, iludida?
tanta coisa ilusão.
olhares que se desencontram, olhares que se cruzam.
olhares suspensos por força do que tem mais força
alguns aceitam o sacrifício naturalmente
sacrifícios
hoje 
de ocidental senhora e sua inadvertida melancolia
tudo fez como devia
oh, branca senhora cristalizada na sua vida em papel de arroz
não fazer lume perto
queima
arde
soprar para longe e devagar
ou deixar estar
há os de gáudio fácil e simples
desprezantes do normal
também brancos como cal
iludidos?

"um olho o diabo o outro olho deus"

ensinem-nos a ser livres.

segunda-feira, julho 05, 2010

segunda-feira mood

independentes, fortes e tristes, she said.

domingo, julho 04, 2010

viagem...

...até Montemor, espreitar o evento Cidade PreOcupada para acabar a noite a dançar ao som do DJ Ride, no páteo de um antigo convento. Noite quente, som sempre a abrir, já sabia que ele era dos bons, mas nunca tinha presenciado o moço em acção e fiquei deveras surpreendida: dj ride's freakin' cool  \m/

...até ao sofá, para não fazer nenhum que está um calor dos infernos e nem para andar a arrumar e limpar a coisa está decente

...até à TV, long time long see, para ir vendo o filmezinho desta tarde na SIC e que os teenagers puseram no top, crepúsculo. so whitties, so cute, so american

...até à feira right know que já são 17:30h, último turno, gotta run!