quarta-feira, junho 01, 2011

sorte

agora é urgente que se pintem novas cores
nas caras
se mudem
as expressões se vistam
de outros trajes os poemas
quando agora é vital cartear
no mundo
desatento o que
olvidavas no dizer(te)

do combate desmedido em teu
coração periclitante e forte
já não escondes o que é iminente
esconder(te)
se é agora imperioso 
o Norte.

4 comentários:

R disse...

adorei, presta-se a várias interpretações... ou estarei em delírio?

Silk disse...

sim, Regi, presta:)
trabalhei-o, alterei-o para não ser evidente a 'mensagem', o meu pensamento. e tem essas "quebras" que uma pessoa amiga modificava - e reescreveu-mo :) - para ficar mais harmoniosa a leitura. mas assim o escrevi, intencionalmente;)
também eu gosto bastante.coisa difícil, nisto de brincar aos poemas..e sinto que é só uma boa maquete da casa. construir uma casa a sério exige mais esforço e a mim falta-me a técnica;)
tks

Silk disse...

é este meu lado demasiado racional que me irrita, por vezes.

as melhores coisas que tenho escrito, não são muitas porém, são as que me saem espontâneas e das entranhas:) no brains here...mesmo sem a "tal" técnica, uso a minha que me nasce assim de repente na ponta dos dedos.e isso muda tudo. Regi, minha querida, tu continua a presentear-nos com textos desses, não temos todos de ser catapultados no mainstream literário para sermos bons. Eu fico a aguardar;)

R disse...

Também acho que o que me sai melhor é o que não é pensado... Deve ser isso que nos separa dos grandes escritores. E, vá, eventualmente, a conta bancária :) :)

Digo-te o mesmo, escreve, pah! ;)