segunda-feira, maio 03, 2010

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diário de uma viagem a quatro


eramos quatro rumo aos algarves e íamos com o desejo colado a nós, de coisas boas, harmonia, sol. a viagem correu bem, sem pressas e o destino prometia. a casa não era má, ainda se via o mar da varanda, mas foi aí que passámos menos tempo: entre a cama, a mesa e a casa de banho foi gasto o pouco tempo caseiro. a praia era o destino primeiro, seguiu-se o passeio por Alvor, a mini refeição gostosa, o longo passeio à beira mar e as conversas duas a duas, alternando-se os pares. e as conversas. soube bem, para começar. salvámos uma gaivota de morte lenta na areia...ela não se mexia, a pobre coitada. Sandra, tomou a iniciativa, que o coração é grande no que toca a animais, impossível deixar a criatura ali assustada. primeira noite de salvamento, jantar tardio, couscous que eram canja de galinha, mas feitos com o carinho da nossa Ana, a promessa da cozinha portuguesa...corrijo: da pastelaria made in portugal! prevejo coisas radiosas no futuro desta menina pasteleira to be. Londres cannot wait, and she's looking forward many many great things;) convencidas por Marina - um aparte mais à frente, afinal a nossa amizade está casada de fresco - e por Sandra, eu e Ana lá decidimos deixar a conversa de lado, as incertezas e o futuro a descansar um bocadinho, e ir sentir o presente com as nossas duas amigas, ir espreitar a noite que já se fazia (muito!) tarde. noite calminha, mas começava bem a banda sonora: Nirvana, Nirvana, Nirvana. Por todo o lado onde andámos, durante estes 4 dias,Nirvana. Por nós, tudo muito bem, explodimos no Dromedário com saltinhos e tudo, era a noite da despedida. Mas já lá vou.

2.º dia, prainha boa para começar em grande, um mergulho no mar ameno, azul e verde que me chamou para dentro, o primeiro mergulho do ano, sinto-me uma hindu a entrar no Ganges, esqueço as diferenças, porque este é um momento sagrado. agradeço aos deuses e volto a mergulhar, abro os olhos, sinto o silêncio, a água que me abraça e limpa das impurezas que acumulei...












depois da prainha, papinha, andámos sempre esfomeadas, longas horas sem comer e depois ficávamos  a dar para o esganadas....eu nem por isso, vá-se lá saber. fomos petiscar na Mesa do Capitão, em Alvor. eu simpatizei com o "ar" de um dos simpáticos empregados, o rapaz fez-me lembrar o Ruppert Everett , ar meigo. pedimos ameijoas, salada de polvo, salada russa com camarão, e agora não me lembro da outra coisa (?) mas estava tudo bom, em especial as ameijoas. tudo bem servido, no fim uma sobremesa para dividir pelas 4, merengue de morango, nham! os senhores ofereceram-nos uma bebida para a despedida, bem bom este fim de tarde. a seguir lojinhas, gastar dinheiro à grande e sem tino, eu com umas havainas douradas lindas, e logo a seguir as outras irresistíveis, a Marina com um vestido novo, a Ana com um vestido novo e a Sandra, comprou um lenço (quem diria, um lencinho apenas, hein?) esta foi a parte estranha da coisa, havia quem de nós não pensasse em comprar nada por estes dias e acabou com 2 pares de sandálias! puxa pá, é difícil resistir à oferta das lojas algarvias, that's for sure..fomos para casa já tarde, prepararmo-nos para uma noitada na Rocha, conhecer um  bar recomendado por um surfista muito querido, o Cool era o bar, que fazia festa de 6.º aniversário...a coisa prometia! primeiro, e depois de horas de preparo animado, passámos no Bolan, um bar em Alvor, igualmente recomendado pelo amigo do surf, e onde emborcámos umas morangoskas e umas caipirinhas, mas a animação aí não era muita, lá nos fomos para o Cool. de táxi, que a Ana queria estar à vontade para beber uns copos. do not drink and drive, babes. bem, o Cool animado estava, pedimos mojitos, mal servidos pareceu-me, e fomos para um espaço com menos gente apinhada, curtir a musica e os balões azuis. eu, exigente, achei o DJ mauzinho p'ra xuxu, mas ainda mexemos o traseiro ao som de Da Vinci(!), e os balões a dançarem connosco, afinal era dia de festa lá na casa, let's dance!! depois da Dina, ou seria a Dora? e do Dartacão, fomos até à porta da Catedral, a discoteca lá do burgo, tentadas a entrar, mas não entrámos. o som estava demasiado mau, e acabámos por ficar por ali. mas antes do táxi que nos levou de volta a casa, fomos ver a Lua cheia a iluminar aquele mar calmo e doce, ai praia da rocha, ficas linda sem ninguém (a minha primeira impressão da praia da rocha, foi há uns bons anos, quando o Filipe me levou lá num dia de Agosto...escusado será dizer que fiquei mal impressionada, embora a praia seja muito bonita, claro). Segue fotozinha sem grande qualidade, da festa dos balões azuis. as meninas dançavam e estavam belas.

 










Terceiro dia, dia de partida para Sagres - obviamente, e para quem me conhece bem, sabe que não podia estar ali tão perto e não negociar uma noite pelo menos, um dia pelo menos, em Sagres, a minha Sagres, sim, minha, há-de ser sempre, e quando eu morrer, gostava de deixar lá ficar o meu corpo e a minha alma, junto daquele mar, do vento, das escarpas, dos cactos e do Farol, do azul - e fomos semi-corridas do apartamento, já era tarde e nós dormiamos, mas acabou em bem, o atraso foi pouco. Primeiro, praia do Vau, de novo, era a mais abrigada e a água estava óptima...meditação à beira-mar, Marina, a minha surpresa boa da viagem, um amor, um mimo. só podia ser amiga da Ana, boa gente atrai boa gente, right? Marina meditou e explicou-nos, estavamos atentas, sim, eu também. fazia-me bem meditar. fazia-me bem experimentar esvaziar a mente de todo o pensamento, deixando-o fluir, let it flow silvie, let it flow.

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