quarta-feira, novembro 04, 2015

Depois de mais um combate
Mal refeito do ringue, carrego a toalha
como uma montanha onde a neve é de
chumbo venoso. Carrego-a como um
manto e levanto voo leve rumo à teia

da sempre aranha, mesmíssima princesa.
Tenho nódoas negras áridas da baba
breve e carrancuda da comensal. Acaba
a manhã com uma finta à fome e fio

a seda como um orvalho olheirudo
e aproveito os tempos mortos para
os assear e amontoar e subir ao cimo

daquele abraço. Depois, iludo a água
que me visita o pó sanguíneo e firmo
os pés inolentes na pauta do declínio.
 
in http://ospecaveis.blogspot.pt/

Sem comentários: