terça-feira, agosto 30, 2011

contra a apatia das rotinas diárias e a morte lenta do espírito sonhador


tenho de o dizer aqui. este texto é para mim mesma. para me ler. Darwin não explicou a necessidade de afagarmos o nosso ego, e eu continuo a preferi-lo ao Freud, ainda assim. acredito na evolução natural das espécies, apesar de tudo o que já me aconteceu e acontece de invulgar ou inesperado, aquilo a que chamo o sal da vida, e de a meditação resultar comigo, permaneço céptica em relação às coincidências da vida e que tudo pode estar destinado a acontecer assim ou assado, e frases como "ia morrendo mas ainda não era a minha vez, não teve de ser.." não me tocam muito. however (eu sei, esta mania do inglês pelo meio irrita um bocadito, mas eu penso e falo comigo mesma em duas línguas all the time e isto o Darwin ou o Freud não explicam) ele há coisas muito (não vou usar qualquer adjectivo, fica a sugestão..) que nos acontecem de quando em vez e que no mínimo, fazem-nos sorrir em dias tristes. hoje falei com uma pessoa pela primeira vez e trocámos algumas impressões sobre um assunto semi-banal,  e isto nada de especial teria se eu não houvera já observado e reparado nesta pessoa há algum tempo tendo ela hoje pedido para se sentar na mesa onde eu estava. assim se iniciou um diálogo que eu espero não termine já por aqui. há coisas que esta pessoa me pode ensinar e pelas quais me comecei a interessar timidamente, apalpando terreno muito pouco segura do que procuro. é uma espécie de inclinação mas nem sei bem como surgiu, e agora esta pessoa senta-se na mesma mesa e abordou uma parte desta temática que me desperta interesse. nada de mais aqui, mas acresce o facto de ser ela mesma uma pessoa misteriosa para mim. temos aqui um dois-em-um, e nada mais que isto mas achei piada a este detalhe do meu dia de merda (sim, odeio segundas-feiras depois de fins de semana saborosos..). um outro episódio foi já ao serão e deixou-me curiosa, porque envolve poesia, e de algum modo é um episódio misterioso também. e belo, como toda a poesia. o meu dia foi muito menos desinteressante, assim, e mais bonito também.

Sem comentários: