domingo, novembro 11, 2012

nas horas das cigarras
as dores viram-se
nas costas
latentes, inertes
ao despertar de um velho dia

o som dos sons que a horas deita
dormem santas na alegoria
das janelas
dess'alma espreita
qual a cor que lhes poria?

ouço pássaros a debitar
os decibéis de um sol que luz
lhes deita
ouço
um piano perto no sofá
que traz
a tua boca doce e só
de um trago cai e alumia.

11.11.2012

2 comentários:

Os pecáveis disse...

Belíssimo.

Silk disse...

obrigadíssimo.